10 coisas que aprendemos com os keynote speakers do Festival SGB (até hoje)

 
Conversas relevantes a partir das quais conhecimento de ponta se forma e se dissemina no Brasil. É isso que o Social Good Brasil tem estimulado desde o seu primeiro evento anual. O primeiro Seminário Social Good Brasil aconteceu em 2012 inspirado pelo Social Good Summit, evento que acontece em Nova York liderado pela Fundação das Nações Unidas, parceira do SGB. As discussões sobre como a tecnologia poderia gerar impacto positivo para a nossa sociedade estavam só começando e desde então muita coisa evoluiu. Tecnologias que antes estavam nas mãos de poucos chegam hoje a mais pessoas. Junto com isso, nossa cultura também mudou, o diálogo ampliou e novas ferramentas surgiram. Até o nome do nosso evento mudou!
Porém, valorizamos cada ano que passou como parte de uma construção de conhecimento coletiva que dá estrutura a tudo o que fazemos hoje. Reunir anualmente os pioneiros, líderes de movimentos e pessoas com pensamento disruptivo que estão incluídas em ecossistemas de inovação em todo o mundo e/ou agindo diretamente nas comunidades para a solução de problemas sociais é uma das grandes riquezas do nosso Festival.
É com muita satisfação (e vontade de aquecer os motores para o Festival SGB 2018) que compartilhamos alguns dos aprendizados que tivemos com os keynote speakers dos nossos eventos com você:
 

2012

 

Beth Kanter: “Não adianta só fazer relatórios, é preciso utilizá-los para pensar os próximos passos.”

Beth Kanter palestrou sobre inclusão digital para ONGs. Desde então, o tempo passou e as ferramentas evoluíram, mas muitos dos fundamentos continuam valendo para as tecnologias exponenciais que temos hoje: mudança de cultura, mais abertura, transparência, construir relacionamento e criar redes para atingir impacto e compartilhar poder. E engana-se que mensurar impacto serve apenas prestar contas: é possível utilizar os dados obtidos para tomar decisões em relação ao futuro.
 

Peter Sims – “Para aprender, é preciso falhar”.

De acordo com o autor do livro “Litte Bets”, é necessário muito mais do que grandes mentes para fazer grandes ideias emergirem. É necessário estar disposto a arriscar a fazer algo novo – o que significa estar sujeito a erros. Nem sempre é fácil desapegar: “A escola tradicional ensina a não errar e isso amedronta o indivíduo a arriscar”. Porém, vale a pena. Segundo Peter, aquelas pequenas apostas que nem sempre são sucesso lá no início podem ser importantes para o desenvolvimento de grandes ideias
 

2013

 

Kriss Deiglmeier: “Inovação social é ter novas ideias e habilidades para transformar questões mundiais”

A keynote speaker de 2013, reforçou que inovação social precisa de abordagens diferenciadas: “colocar a palavra ‘social’ depois de tudo não é o suficiente para se ter uma mudança”. Segundo ela, a Universidade de Stanford estudou diversos casos de inovação social para compreender o que o termo de fato significa e quais critérios estão envolvidos para que efetivamente se tenha valor para a sociedade. Uma das conclusões é que a inovação segue uma cadeia de definição de uma oportunidade, geração de um ideia, prototipagem e difusão: sequência de ações que podemos aplicar às tecnologias emergentes, como em projetos que usam dados para o bem, por exemplo.
 

2014

 

Aaron Britt: “Se você não conversa com as pessoas, como vai chegar a uma boa solução?”

Design centrado no ser humano foi a tônica da fala de Aaron, que veio representar a IDEO.org: “Se vamos trabalhar com pobreza, nós vamos para a rua, criamos empatia com aquelas pessoas, depois de ter o protótipo pedimos a opinião deles”, disse. Focar nos hábitos e nas necessidades dos públicos podem apoiar a criação iniciativas inovadoras e efetivas, como o case apresentado por ele: a criação de um salão de beleza para mulheres terem acesso à informações sobre saúde sexual em um ambiente que fosse acolhedor às especificidades culturais da comunidade em que elas estão incluídas.
 

Sartaj Anand: “Precisamos pensar em qual é o propósito da nossa vida.”

Depois de passar por algumas situações em sua vida que quase o levaram a morte, o empreendedor indiano Sartaj Anand passou a refletir: “Se eu vou morrer mesmo, pensei: no que eu sou bom? Qual é o propósito da minha vida?”. Viu como alternativa ajudar as pessoas usando tecnologias exponenciais com um objetivo nada modesto: impactar um bilhão de pessoas ao longo de sua existência. Para ele, é a inovação que vai nos conduzir a um futuro de abundância.
 
 

2015

 

Alexa Clay: “O espírito igualitário dos movimentos sociais podem ser aplicados às empresas”

A historiadora e hacker cultural Alexa Clay é uma das maiores especialistas do mundo em subcultura e estuda inovações que surgem de lugares inesperados. Ela trouxe exemplos de pessoas que estão fora do sistema convencional, nas periferias – como traficantes, hackers e piratas – e o que empresas e profissionais podem aprender com isso. O espírito provocador destas pessoas, noções como propriedade intelectual compartilhada, o instinto de correr atrás e fazer as coisas por si, intervir de maneira ativa e transformadora podem ser inspiração para inovações sociais.
 

2016

 

Darlenne Damm: “Tecnologias exponenciais podem criar abundância”

Segundo Darlenne Damm, da Singularity University, ainda que as tecnologias exponenciais possam soar intimidadoras, elas estão cada vez menores, mais leves, acessíveis, flexíveis e democráticas. Esse potencial existe em computadores, sensores, softwares, inteligência artificial, dados, entre outros. Claro, ainda existem algumas barreiras para a sua adoção em algumas comunidades. Por isso, Darlenne afirma que: “quando desenvolvemos soluções tecnológicas, também precisamos desenhar soluções sociais que acompanham as tecnologias para realmente criar abundância.”
 

Dylan Hendricks: “A disrupção que estamos experimentando neste momento está mais perto do início do que no fim”.

Dylan participou do evento representando o Institute For The Future (IFTF). Pela sua experiência e os estudos realizados pelo instituto, acredita que os próximos anos vão exigir que a gente reavalie noções enraizadas que temos a respeito de trabalho, finanças e governança. Com a evolução das tecnologias exponenciais, é preciso que as pessoas sejam flexíveis e tenham disposição para abraçar as transformações e criar uma visão positiva do futuro (em vez se engajarem em uma política de medo). Segundo ele, muitas oportunidades podem surgir para quem estiver aberto a adotar novas ferramentas pensando em gerar impacto positivo no mundo.
 

2017

 

Andrew Means: “O maior desafio para uma empresa se orientar por dados é o capital humano”.

Treinar as pessoas que já trabalham com empreendedorismo social para que unam seu conhecimento às habilidades necessárias para trabalhar também com dados é importante para criar uma nova mentalidade, que permita que os dados sejam usados com mais criatividade. Como fazer isso? Segundo Andrew, é necessário investimento e treinamento – coisa que a Uptake Foundation (organização que o palestrante representa) faz e que o SGB também busca fazer no Brasil a partir do Laboratório SGB.
 

Jeremy Kirshbaum: “O segredo é ser bom naquilo que as máquinas não são boas”.

Para Jeremy, do IFTF, nenhuma tecnologia consegue fazer algo que as crianças fazem: “ver uma coisa uma ou duas vezes e conseguir fazer algo criativo com isso”. Para nós, seres humanos, torna-se cada vez mais importantes desenvolver habilidades que possam complementar as ferramentas tecnológicas na resolução de problemas que não são bem definidos, situações das quais ainda se têm poucos dados ou precedente. Segundo ele, diferente de qualquer máquina, os seres humanos são imprevisíveis e é justamente isso que pode fazer a diferença na hora de ajudar a solucionar problemas complexos da humanidade.
 
 
Dados para tomada de decisões, mudança de mindset para a inovação, foco no impacto e nas reais necessidades da população, vida com propósito, inspiração que vem de lugares inesperados, paradigma da abundância, criatividade… Tudo o que já passou nos leva a pergunta do Festival SGB 2018: “Na era das tecnologias exponenciais, o que é ser humano?”.
Para ajudar a respondê-la (e aprendermos muito mais), já está confirmada a presença do keynote speaker Henry Timms: co-autor do livro New Power: How Power Works In Our Hyperconnected World – and How to Make it Work for You (ainda sem tradução para o português), presidente e CEO do centro comunitário e cultural 92nd Street Y, co-fundador do movimento global de filantropia #GivingTuesday (traduzido aqui no Brasil como #DiaDeDoar) e Fellow do Centro de Filantropia e Sociedade Civil da Universidade de Stanford.
 
Faça sua inscrição no evento e participe desta conversa que evolui a cada ano, com conhecimento de ponta a presença de especialistas do Brasil e do mundo.
 


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