“Eu sou o Oswaldo Oliveira, um ser humano que mora no planeta Terra, trabalhando consigo mesmo e fazendo o que eu posso!!” Assim que ele se apresentava nas inúmeras participações em eventos mundo afora, chacoalhando logo de início todas as normas, rótulos e convicções que por vezes se mantêm intactas, bem quietinhas dentro de cada um de nós.
Mas com ele não tinha conversa rasa, o papo era reto e profundo. Quase dava para ver os estômagos se contorcendo e as mentes soltando fumacinha. Essa catarse coletiva levou milhares de pessoas a perceber o mundo de fora e o mundo de dentro de novas maneiras, radicalmente mais autênticas, potentes e coletivas.
Ele apostava no desconhecido e investia na transformação. Foi pioneiro em iniciativas disruptivas que rompiam os padrões e o status quo. Madalena, Laboriosa 89, Teia, Empreender-se e Próspera foram algumas das suas experiências de organizações em rede e autogeridas, iniciada por Oswaldo mas liderada de muitos para muitos. Dentre tantas lições aprendidas, ele nos mostrou que por medo do desconhecido, da morte ou de faltar recursos, passamos a nos organizar excluindo, o que gera competitividade e escassez. E quando estamos abertos ao meio, a incluir, nos aproximamos da interdependência e de gerar abundância, colaboração e amor.
Ele não tinha medo desse desconhecido, desse vazio e imagino que de lá ele continua assistindo o infinito legado deixado. Assim como quando a matéria e energia se anulam, o que sobra é a experiência, o aprendizado. Sua presença e conhecimentos se mantêm vivos, reverberando exponencialmente.
No SGB ele esteve presente em dois Festivais e gravou um conteúdo para o nosso programa de Fellows, que ano a ano, se mantém como um dos mais visualizados do canal. Como disse a futurista Lala Deheinzelin em sua homenagem: “Cada um de nós que tem algo a ver com novos modelos organizacionais, rede, colaboração e inovação, tem um pedaço dele.” Te levo comigo Oswi, todos os nossos papos, o olho no olho, as parcerias e o seu abraço que acolhia não só o corpo mas a minha alma.
Sigo aqui fazendo o que posso, e isso é revolucionário.
Com todo amor e saudade, equipe Social Good Brasil