Quando as vivências, o conhecimento e a oportunidade se encontram, coisas incríveis acontecem. O Alexandre é um exemplo disso. Ele ficou surdo quando era bebê e aprendeu na prática a importância da comunicação para eliminar as barreiras que existem para as pessoas que têm algum tipo de deficiência. Não à toa têm se dedicado a isso e a sua trajetória se cruza com a do Social Good Brasil de uma maneira muito especial.
Professor, ator… E empreendedor
Alexandre está longe de ser uma coisa só. Em 2017 ele participou do SGB Lab com o projeto Signeed: a ideia era criar um aplicativo para que pessoas com deficiência auditiva pudessem ter acesso a um intérprete com qualidade e eficiência para fazerem ligações telefônicas.
Além de dar mais autonomia às mais de 9,7 milhões de pessoas que têm deficiência auditiva no Brasil (o que representa 5,1% da população do país)1, o negócio também geraria renda para os intérpretes que usariam o aplicativo para atender.
Antes de participar do Lab tinha pouco conhecimento sobre empreendedorismo e que estar com a gente foi um verdadeiro mergulho no mundo dos negócios com propósito: “Descobri várias novidades do mundo de negócios que eu não sabia. Como era elaborar plano de negócio, projeto, piloto, solução, design thinking…”, conta Alexandre.
Conhecimento que faz a diferença
Depois da participação no SGB Lab, o modelo de negócio passou por mudanças e também a vida do Alexandre. Hoje ele é doutorando em letras, docente de Libras da Universidade Federal de Santa Catarina, ator da belíssima série Crisálida, da Netflix, e compartilha muito conteúdo sobre Libras no Instagram BetLibras.
Seu maior sonho é seguir trabalhando para reduzir a barreira da comunicação entre pessoas surdas e ouvintes. E para ele, isso passa por ser um multiplicador das coisas que aprendeu. Está em seus planos ensinar mais sobre empreendedorismo às pessoas com deficiência auditiva, seja por meio de eventos ou cursos.
Para Alexandre, a chave é a comunicação e considera que é nisso que os esforços em inovação social devem estar focados na próxima década. Também seguimos por aqui, trabalhando por menos barreiras e mais conexão.