O Institute For The Future foi fundado na década de 1960, na Califórnia, por alguns dos pioneiros da internet, como Paul Baran. Desde aquela época eles perceberam o potencial transformador que a internet possui para democratizar a comunicação e a produção. Eles criaram o IFTF como uma organização sem fins lucrativos para ajudar o público a se preparar para o que eles já previam que iria acontecer.
O IFTF sempre se dedicou a ajudar organizações, companhias e governos a verem o valor à longo prazo de tecnologias abertas, que provém acesso e oportunidades de forma mais ampla para a sociedade. Também facilitam diversas conversas entre tomadores de decisões e ativistas que defendem os direitos de comunidades locais e de base, para ajudar os dois grupos a pensarem de forma sistemática sobre o futuro e tomar decisões que empoderem ambos a buscarem condições que funcionem para todos.
Para isso, eles analisam muito as prováveis evoluções tecnológicas, claro. Mas mais do que isso, estão interessados em saber como essas novidades vão afetar a vida das pessoas. Eles não são especialistas em nenhuma área específica. A equipe é diversa e estuda aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais de vários assuntos. Eles já ajudaram os administradores dos parques do Disney World, na Flórida, a prever o futuro da diversão, por exemplo, mas também auxiliam empresas da área da saúde, economia, e outras áreas.
Apesar do que sugere o nome, o Instituto não prevê o futuro — e nem acredita que isso é possível. O trabalho deles consiste em analisar tendências e, principalmente, disrupções que estão por vir e quebram os padrões já estabelecidos na sociedade. Para eles, analisar tendências pode levar à inovação (o que é ótimo), mas analisar rupturas leva à inovação radical.
Um belo exemplo de disruptura que atraiu os olhares do IFTF é o blockchain. A tecnologia que está por trás de criptomoedas já bastante conhecidas como o bitcoin vai poder ser usada para validar contratos, sistemas de governo, transações financeiras e serviços de todos os tipos. Essa tecnologia vai eliminar o intermédio de grandes corporações para realizar atividades simples como pegar um táxi, transferir dinheiro de um país para outro ou reservar uma viagem. Isso empodera o público e democratiza o acesso a vários serviços.
O instituto acredita no poder das previsões (foresight) para gerar insights e ideias de como agir no futuro. Para isso, eles utilizam técnicas de storytelling que provocam o nosso cérebro a pensar além das barreiras e assim, ter ideias inovadoras.
No Festival SGB 2017, recebemos o Jeremy Kirshbaum, gerente de pesquisas do IFTF. Ele estuda macroeconomia, geopolítica e empreendedorismo internacional. Nos últimos quatro anos têm focado sua experiência profissional e empresarial na África Oriental.
Assista aqui ao painel sobre trabalho, tecnologia e futuro com a participação do Jeremy.
Social Good Brasil lança primeiro laboratório de tecnologias exponenciais para impacto social do país durante SingularityU Brasil Summit