Open Innovations: não tenha medo de compartilhar suas ideias

Aqui no SGB, quando temos uma ideia nova, logo queremos compartilhar. Chamamos os amigos, mentores, buscamos a opinião da pessoa e pesquisamos bastante. Talvez você não saiba, mas isso se chama de validação. Essa opinião de alguém de fora serve para sentirmos se nossa ideia é realmente viável e aumentarmos nossas chances de sucesso.
Nosso instinto nos incentiva a compartilhar nossas ideias e buscar apoio para realizá-las. No mundo dos negócios, esse comportamento que prioriza a construção colaborativa de projetos é conhecido como Open Innovation – inovação aberta, em português.
Originalmente, o conceito foi desenvolvido por pelo professor  Henry Chesbrough, diretor executivo no Centro de Inovação Aberta da Universidade de Berkeley. Traduzimos livremente a definição como “o uso de fluxos internos e externos de conhecimento para acelerar inovação interna e também expandir os mercados externos no uso de inovação”.  Na prática, significa aproveitar a era da informação para divulgar as ideias de uma empresa, e assim atrair quem está pesquisando e desenvolvendo iniciativas parecidas para contribuir.
Até não muito tempo atrás, era comum que as equipes de pesquisa e desenvolvimento trabalhassem isoladas e só apresentassem novas ideias e tendências já em estágios avançados de criação. Com a inovação aberta, as empresas passaram a incentivar colaborações  com pesquisadores acadêmicos, empresas menores e consumidores.
É muito mais fácil e efetivo interpretar as demandas do mercado quando a pesquisa interna é associada com as contribuições de quem está fora. Gigantes como o Google, Hewlett Packard, Samsung,  MIT e muitos outros já usam amplamente as vantagens da inovação aberta.
No empreendedorismo social, o desenvolvimento colaborativo é ainda mais importante. Entrevistamos a coordenadora internacional da Socialab, Andrea Barrientos, organização especialista em open innovations em impacto social na América Latina. Segundo ela, “a inovação aberta proporciona dados muito melhores do que qualquer pesquisa de opinião: os inovadores sociais vêem o mundo com um olhar positivo e propositivo, narrando um problema através de sua própria solução.”
Como é um conceito novo, a inovação aberta ainda pode gerar desconfiança. É comum que os empreendedores tenham receio que suas ideias possam ser “roubadas” ou reproduzidas de maneira irresponsável. Para Andrea, isso acontece porque ainda não é consenso que colaborar é melhor do que competir, e que os processos abertos contribuem muito mais do que prejudicam.
Cláudio Sassaki, fundador da Geekie, vai mais além. Em entrevista para o documentário Em Frente, o empreendedor critica: “A gente é muito apegado às nossas ideias. Mas, às vezes, nossa ideia não vai necessariamente resolver o problema sozinha.” E completa: “a ideia boa vai ser copiada.”
Uma ideia pode ser a semente de um projeto incrível, mas não se sustenta sozinha. Tem sucesso quem encontra a melhor forma de aplicar e desenvolver a inovação. Por isso, ambientes criativos de apoio como o SGB Lab são oportunidades incríveis para empreendedores, pois ampliam seu networking e fornecem as ferramentas e tecnologias necessárias para o crescimento real do seu projeto.
A chave é pensar em open innovation como uma via de mão dupla: as ideias externas podem somar ao meu problema, da mesma forma que as minhas ideias também podem contribuir junto à iniciativa de outro empreendedor.
Para Andrea, nos dez anos de existência da Socialab, o maior aprendizado foi que o valor de uma ideia não está nela por sí, mas na pessoa que tem a motivação de resolver o problema. Por isso, é muito melhor ter sua ideia viva e evoluindo em uma comunidade do que arquivada.
Aqui no Social Good Brasil acreditamos no poder da nossa rede, da comunicação e da colaboração para causar impacto social. No Lab deste ano, dos 261 inscritos, 151 toparam deixar os vídeos das suas iniciativas disponíveis na internet. Por isso, decidimos reunir os vídeos de alguns inscritos no SGB Lab em uma playlist pública, para compartilhar as iniciativas que chegam para nossa avaliação. Assim, você pode conhecer melhor e se inspirar nos Labbers para também vir inovar com a gente!

Confira aqui a playlist de inscritos no SGB Lab 2017

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