4 habilidades que você desenvolve sendo Fellow SGB

Fellow SGB. Um nome que representa muito. Para o Social Good Brasil, para as pessoas que vão ser impactadas pelas Jornadas, para as cidades-sede dos 25 selecionados. Mas você já parou para pensar o que o Fellow pode representar para você? Fomos atrás de algumas histórias que mostram habilidades que acreditamos serem essenciais para qualquer pessoa que deseja agir por um mundo melhor – começando pelo seu olhar para dentro ao buscar entender o seu papel no mundo!
Além de algumas competências como liderança, engajamento e facilitação, o caminho de autoconhecimento começa na inscrição. Por quê você decidiu se inscrever?
Cada um tem um momento de despertar, acreditamos que os Fellows buscam algo em comum: o propósito. O SGB vê a busca pelo propósito muito ligada ao autoconhecimento e a reflexão interna. Para sabermos o que é bom para nós, é fundamental conhecermos muito bem nossas vontades, sentimentos, desejos. A transformação interna vem antes da transformação para fora.
A Tati Bittencourt, Fellow de Londrina, leva propósito no nome do seu café. Hoje, além de empreender em algo que ama e acredita, disseminando o veganismo, ela também usa o espaço para potencializar o impacto das pessoas que vivem perto do local. Larissa Kroeff é outra mulher à frente de um negócio de impacto social, a Meu Copo Eco. Com missão de criar uma nova cultura no Brasil, fazendo com que as pessoas reduzam em até 80% o lixo gerado em eventos, ela sempre foi convidada para dar palestras e falar sobre a trajetória empreendedora nas Universidades. Lari apresentava o SGB como uma ponte, mas pensou no programa de Fellows como a oportunidade de fazer algo ainda maior. O documentário Em Frente já foi exibido para mais de seis turmas e a Jornada do Agente SGB está programada para os alunos de TI e Administração. “Minha atuação tem sido dentro das Universidades, onde encontrei agentes incríveis que me apoiam. Usei o programa de Fellows como uma opção para levar o caminho de impacto positivo às pessoas que daqui a pouco vão empreender ou se tornar gestores. Eles se impressionam quando veem que essa é uma possibilidade”, afirma a empreendedora.
Outra habilidade necessária pra viver no mundo de hoje é a empatia. Olhar para o outro e entender suas particularidades é essencial. Como Fellow SGB, a empatia é uma das suas maiores ferramentas. É saber olhar para o outro sabendo que ele é um ser diferente de você e ter a sensibilidade para entender suas particularidades, sua condição no mundo, sua história e tudo aquilo que o fez daquela forma. Diego Domingos aprendeu a ter empatia ao longo do tempo, mas ao se tornar um Fellow mudou o significado da palavra para ele. Começou já na interação com outros participantes, em que ele imaginou que algumas pessoas pudessem ter a vida diferente da dele. “Desde o treinamento dos Fellows venho quebrando meus preconceitos. Hoje aprendi a ter empatia com pessoas que eu nem imaginava que pudesse ter. A magia do Fellow não é o que a gente faz depois do treinamento, mas conhecer pessoas com histórias tão diferentes e ainda assim saber que temos as mesmas dificuldades”, ressalta. Para ele, o Fellow deu motivação para ir mais longe sendo autêntico.
Uma de suas intenções está inclusive em andamento. Ele planeja uma Jornada do Agente nas vésperas da Parada do Orgulho LGBT em São Paulo, no bairro da República. Ele deseja despertar as pessoas para uma ação de conscientização. “Eu sou sentimento, quero levar uma ação afirmativa forte para as ruas. E que talvez seja possível de ser feita no domingo, dia da parada”, revela.
A Jornada do Agente SGB é um momento de autoconhecimento, onde todos os agentes olham para si e para os seus talentos. Ela é modular e flexível, oferecendo opções mão na massa e também um olhar para o futuro. Mas para ela acontecer, depende de vários fatores. As baianas Tamila Silva dos Santos, Ana Fernanda de Campos Souza e Laíse dos Santos de Jesus descobriram na prática a colaboração. Elas moram e atuam em Salvador. Juntas, resolveram unir forças e somar o impacto das ações. Ana Fernanda conta que, assim, visam alcançar mais pessoas. E que também será um desafio trabalhar em grupo, mas um grande aprendizado. “Izye trabalha com educação, Tami tem a pegada de discussão de identidade étnico racial e eu trabalho com design e moda sustentável. Pensamos em fazer um momento em comum e outros por módulos mão na massa por temas de interesse. Somos diferentes, circulamos em lugares diferentes e estamos nos ajudando”, afirma. A colaboração entre Fellows da mesma cidade também aconteceu em Uberlândia. Alonso, da edição 2016, usou sua experiência para mentorar e colaborar com a Ludmila Lima no início de sua Jornada. Além de passar confiança, ele ajudou a Fellow da edição 2017 a fazer as primeiras conexões.
Alonso também decidiu compartilhar o que serviu para ele com outros Fellows em questões que levam a uma nova habilidade: a autonomia. Ele decidiu compartilhar uma ferramenta para mapeamento de recursos e potencialidades, a fluxonomia. “Como Fellow, somos makers e muitas vezes não temos orçamento. E a fluxonomia ajuda a gente a enxergar recursos que não vemos”, explica. Quem aprendeu e colocou em prática foi a Mayte Santos Albardía, numa ação com as crianças da Brasilândia, em São Paulo. A Fellow também mantém viva a essência da autonomia. Ela aprendeu a usar a ferramenta e percebeu que era exatamente o que precisava para usar na Jornada do Agente que aconteceria junto ao seu projeto social na Brasilândia. A partir da força, da voz e da ação das crianças, Mayte está puxando uma intervenção na praça do local. “Não sabíamos como incentivar as crianças a buscarem recursos a partir das pessoas que elas conhecem, como seus pais. Foi um desafio traduzir o material para um vocabulário pedagógico. Construíamos um cubo e colocamos os elementos que eram imprescindíveis. A obra, a tinta, os brinquedos, a luz, a água. E assim conseguimos unir várias pontas”, conta a empreendedora que fica feliz em ver a ação surgir de uma parceria entre o Fellow SGB, o seu projeto, o Cocriança e outro Fellow, Alonso.
E assim, Fellows se ajudam e trilham juntos o mesmo caminho. Como reforçou Alonso ao refletir sobre o programa, “tendo mais capacidade de se ajudarem e a evoluírem juntos, assim criamos a exponencialidade”.
Os exemplos mencionados aqui fizeram você sentir um pouquinho das habilidades que um Fellow aprende e vivencia na prática? Se você ainda não entregou o seu desafio, aproveite essa inspiração e lembre-se: é simples. O essencial você já tem: é uma pessoa com vontade de usar as suas habilidades para o bem!

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